O Chamado à Pregação
Em 13 de julho de 1980, John Piper pregou seu primeiro sermão como pastor na Bethlehem Baptist Church em Minneapolis. Ele começou sua mensagem citando W.A. Criswell, um pastor Batista de longa data em Dallas, Texas. Ao enfrentar as constantes atualizações dos comentaristas de TV, editoriais e revistas, Criswell destacou o desejo das pessoas de realmente saber o que Deus tem a dizer.
Quando uma pessoa vai à igreja, o que ela realmente quer saber é: Deus tem algo a dizer? Nos momentos em que a mídia e as opiniões pessoais se tornam ensurdecedoras, surge a necessidade vital de pregação que nos revele a voz de Deus. Essa mensagem ecoa intensamente na passagem de 2 Timóteo 4:1-5, onde o apóstolo Paulo faz suas últimas recomendações a Timóteo.
À medida que Paulo se aproxima do fim de sua vida, ele convoca Timóteo com uma linguagem solemne, quase como sob um juramento, para pregar a palavra de Deus. "Pregue a palavra." Esse comando é o ápice emocional de sua carta a Timóteo, não apenas como um lembrete de sua responsabilidade pastoral, mas como um mandato à igreja. Independentemente das circunstâncias, é essencial proclamar a verdade de Deus, discernindo e apoiando as almas contra as mentiras do mundo.
Paulo alerta para tempos em que as pessoas não suportarão a sã doutrina. Com "ouvidos coçando", elas buscarão mestres que apenas confirmem suas paixões egoístas. Essa metáfora dos ouvidos que "coçam" fala de uma recepção superficial da verdade, onde não há desejo genuíno de ensinamentos desafiadores. Em um mundo que acumula vozes que atendem suas próprias inclinações, pregar a palavra é resistir à tendência de satisfazer desejos momentâneos.
Pregadores são chamados a reprovar, repreender e exortar com paciência e ensino completo. A missão é dupla: corrigir e encorajar, nutrindo o rebanho com a profundidade do evangelho. A tarefa da pregação envolve uma vida inteira de compromisso, não apenas habilidade prática, mas uma disposição pacífica e gentil.
Finalmente, Paulo aponta para a recompensa que espera aqueles que se mantêm fiéis. Mesmo na prisão final, Paulo se mantém sóbrio e esperançoso, certo da coroa da justiça que o Senhor lhe reservará. Assim como Paulo, pastores são chamados a guiar o rebanho, não apenas alertando contra as mentiras, mas apontando constantemente para a esperança do retorno de Cristo.
Esta pregação nos desafia a buscar mestres que nos conduzam não apenas a nossos desejos temporais, mas à eternidade garantida pela palavra viva de Deus. Pregrar é persisitir na verdade de Deus revelada, para que quando Cristo aparecer, amemos Sua vinda e a verdade que Ele traz.
Categoria: sabedoria