
Relações do Evangelho
"Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros. Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado. Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo." - Gálatas 5:26 - 6:2
O apóstolo Paulo, em sua carta aos Gálatas, aborda algo essencial: a forma como o Evangelho deve transformar as relações humanas. Ele alerta para os perigos do orgulho e da inveja, enfatizando a importância de viver em comunidade com amor e mansidão. A verdadeira transformação começa na compreensão de que o Evangelho nos dá uma nova identidade, que supera comparações e rivalidades.
Um grande problema é o orgulho que nos faz sentir superiores ou inferiores a outros. É comum querer provar valor através da superioridade, mas esquecemos que somos pecadores igualmente carentes da graça divina. Quem permite que o Evangelho molde sua vida, sabe que não há espaço para vanglórias. Como Paulo exemplifica, um verdadeiro seguidor de Cristo assume humildemente seus erros e estende a mão ao irmão necessitado, não com espírito de competição, mas para edificá-lo em amor.
Em Lucas 18, vemos a parábola do fariseu e do publicano, que ilustra a perigo do autoengano. Enquanto o fariseu confiava nas suas obras para se julgar superior aos demais, o publicano humildemente reconhecia sua condição de pecador. Quem saiu justificado não foi o presunçoso, mas o arrependido. Assim, devemos nos abster de julgamentos e servir uns aos outros, carregando as cargas alheias como se fossem nossas.
Paulo também avisa que quando ajudamos alguém caído, devemos ter cuidado para não cairmos nos mesmos erros, pois ninguém é inabalável. Em vez de olhar para os deslizes dos outros com crítica, devemos ter um espírito de mansidão e entendimento. Desta forma, cumprimos a Lei de Cristo, exemplificando o sacrifício supremo de Jesus, que carregou o peso dos nossos pecados.
A transformação pelo Evangelho produz frutos do Espírito, como amor, paz, paciência e domínio próprio. Aqueles que andam segundo o Espírito não vivem pela carne, mas fortalecem suas relações baseadas em amor ao próximo, mantendo a unidade da fé. O apelo de Paulo é que contemos não com as próprias obras, mas com a graça que nos foi dada em Cristo Jesus.
Em um mundo onde a competição e a comparação são comuns, o chamado é para que cada um examine seus próprios atos, buscando não a glória pessoal, mas a glorificação do nome de Cristo. Temos a responsabilidade de auxiliar nossos irmãos, sabendo que cada um tem uma carga pessoal, mas também devemos carregar os fardos uns dos outros.
Que possamos refletir como o Evangelho impacta nossas vidas: não somos chamados a competir, mas a colaborar uns com os outros. Dessa forma, manifestamos ao mundo o amor de Deus, definido por nossa unidade e serviço abnegado.
Reflexão
- Como você tem lidado com o orgulho e a inveja em suas relações pessoais?
- Em que áreas você pode carregar os fardos dos outros, evidenciando a lei de Cristo?
- Como sua vida reflete o amor e mansidão ensinados por Jesus?
Categoria: amor