Serviço Com Humildade

João 13:1-5Mateus 27:11-24

Na noite de ordenação ao ministério pastoral, um evento especial trouxe à reflexão o conceito de serviço na vida cristã. A chamada para servir não se limita a um dom ou talento específico, mas é um chamado universal para todos os que foram alcançados pela graça de Deus. Jesus, em João 13, nos ensina sobre esse serviço ao lavar os pés dos seus discípulos, ação essa que rompe barreiras sociais e expectativas de hierarquia. Mesmo sabendo que tinha toda a autoridade, Jesus escolheu agir com humildade e servidão.

Imagine o cenário da época: as ruas eram de terra e, ao chegarem nas casas, as pessoas precisavam lavar os pés. Normalmente, um servo executava essa função. Porém, naquele jantar, nenhum dos discípulos havia se disponibilizado para o ato. Jesus, então, se levanta da mesa e inicia a tarefa, mostrando que verdadeira liderança e autoridade vêm acompanhadas de humildade e disposição para servir.

A vida cristã como peregrinos na Terra demanda que existamos e atuemos debaixo da autoridade de Deus. Jesus não usurpava sua posição divina, mas vivia de maneira a nos mostrar que liderança é sobre serviço. A responsabilidade de servir não nasce de uma vontade momentânea, mas sim de uma identidade firmada em Cristo. Gênesis nos lembra que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, e, como tais, somos chamados a expressar isso através do serviço humilde.

Além disso, Jesus nos mostra que é necessário despir-se dos "aparatos" que nos impedem de servir. Seja um cargo de autoridade, um conhecimento acumulado, não se pode deixar que nada nos impeça de lavar os pés do próximo. Em Mateus 27, Pilatos, com autoridade humana, apenas lava suas mãos e foge da responsabilidade, diferentemente de Jesus, que conhecendo sua missão, se dispôs a servi-la até o fim, despindo-se de sua glória para mostrar seu amor.

Servir, portanto, é uma prática intencional e deve ser nossa prioridade, independentemente das circunstâncias. Lavar os pés, em sentido figurado, deve começar em casa, na igreja, no trabalho, sempre lembrando que nossa identidade em Cristo leva-nos a isso. Ninguém pode humilhar alguém que escolheu servir de forma genuína, assim como ninguém tirou a vida de Jesus; Ele a entregou por nós.

Fica, portanto, o convite para que cada um, seja pastor, líder ou membro, possa, em sua jornada, escolher a humildade e disposição de servir ao próximo, como Jesus fez, vivendo nossas vidas para honrar a Deus através do serviço aos outros. Que nossa atitude seja sempre a de Cristo, acolhendo, agasalhando e celebrando com os que nos rodeiam.

Baseado em: https://youtube.com/watch?v=4a3tgf85e5E

Categoria: amor

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Hebreus 9:22

Expiação pelo Sangue

**Sem derramamento de sangue, não há perdão**. Essa afirmação da Bíblia é poderosa e nos lembra da importância do sacrifício de Cristo na cruz. Desde o início dos tempos, o sangue foi um elemento central nas Escrituras, simbolizando tanto vida quanto expiação. Quando pensamos no sangue, somos muitas vezes lembrados de acidentes trágicos, guerras e crimes. Mas o sangue também simboliza sacrifício e salvação. No Antigo Testamento, como descrito em Levítico 17:11, o sangue era necessário para a expiação dos pecados, mas essa expiação alcançou seu significado mais profundo com a vinda de Jesus Cristo. Ele, o Filho de Deus, tornou-se o sacrifício final, oferecendo Sua vida para que pudéssemos ser perdoados. Essa é uma mensagem que ecoa em toda a Bíblia, desde o tempo de Adão e Eva, cujos pecados resultaram no primeiro derramamento de sangue quando Deus sacrificou um animal para cobri-los, até o sacrifício de Abraão, que quase ofereceu seu filho Isaac a Deus, mas foi impedido na última hora, simbolizando a provisão de Deus. E também, na Páscoa, quando o sangue do cordeiro nos umbrais das portas protegeu os israelitas da morte no Egito. Esses eventos nos direcionam à cruz e ao sangue que Jesus derramou, fornecendo um novo caminho para a salvação. A cruz de Cristo é o ápice deste plano divino. É descrita como a única via pela qual podemos alcançar o céu. Assim como o sangue que corre em nossas veias transporta nutrientes e oxigênio, o sangue de Cristo nos redime e nos purifica dos pecados. Ele é a justificativa da fé cristã. Jesus é chamado de Cordeiro de Deus e Sua morte simboliza o sacrifício perfeito, redentor, que abriu as portas do céu para todos os que creem. Ele nos convidou a sermos discípulos, a tomarmos a nossa própria cruz e segui-Lo, transformando nossas vidas por completo. Essa transformação não é sobre nossos atos ou bondade, mas sobre a aceitação do sacrifício dEle e a entrega à Sua vontade. Ao aceitar o sangue de Cristo, a promessa é de vida eterna e reconciliação com Deus. O mundo ansiava por paz. A mensagem da cruz oferece não apenas essa paz, mas também esperança. Jesus, ao morrer por nossos pecados, nos libertou das prisões do pecado e da morte, oferecendo uma nova vida. Nossa responsabilidade é aceitar essa dádiva, arrependendo-nos e acreditando no Senhor como nosso Salvador. Por meio dessa aceitação, somos justificados, redimidos e reconciliados. Os tempos podem ser desafiadores, mas a certeza do perdão e da vida eterna nos conduz. Independentemente das lutas que enfrentamos, o sangue derramado na cruz nos garante um relacionamento renovado com Deus e um futuro cheio de esperança e paz. ## Reflexão - Qual é o significado do sangue no contexto da salvação e por que é essencial para o perdão dos pecados? - De que maneira o sacrifício de Jesus transforma a maneira como vivemos nossa vida diária? - Como podemos aplicar o conceito de expiação em nosso próprio caminho de fé e serviço aos outros?

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1 Coríntios 10:12-13

Dizer Não ao Mundo

No mundo de hoje, repleto de tentações e desafios, encontrar força para resistir ao que é errado é absolutamente crucial. O ponto central da reflexão é o poder do "não". Essa palavra simples, mas poderosa, possui a capacidade de resguardar a integridade de muitos na história bíblica. Um exemplo disso é Vashti, uma rainha da Pérsia, que ousou dizer "não" a um pedido indigno de seu marido, o rei Xerxes. Seu ato de desafio e coragem abriu caminho para a salvação de seu povo, já que, devido à sua recusa, outra rainha, Ester, emergiu para salvar os judeus de um plano mortal. Vashti nos ensina que, mesmo diante de ameaças à segurança e conforto pessoal, tomar uma posição firme contra o que é incorreto traz libertação e propósito. A história brilhante de Daniel reitera essa força do "não". Levado como cativo para Babilônia, Daniel decidiu em seu coração não se contaminar com os manjares do rei. Embora estivesse a milhas de casa, optou por honrar a Deus ao invés de ceder aos luxos e pressões em sua nova circunstância. Sua vida de princípios imaculados o preparou para enfrentar desafios ainda maiores, como o enfrentamento da cova dos leões. Outro exemplo impactante vem de José, que, mesmo tentado pela esposa de Potifar, manteve sua integridade. Em Gênesis 39, ele recusou os avanços e manteve sua fé em Deus, mesmo diante de falsas acusações. Sua firmeza, no final, o elevou a uma posição de grande autoridade no Egito, retratando que Deus exalta aqueles que permanecem fiéis. Neste contexto, a ênfase está nas palavras de Paulo em 1 Coríntios 10:12-13: "Portanto, aquele que pensa estar de pé, veja que não caia. Nenhuma tentação acomete você, exceto o que é comum à humanidade. E Deus é fiel; não permitirá que você seja tentado além do que pode suportar. Mas quando você for tentado, ele também providenciará uma saída para que possa suportá-la." Esta passagem nos garante que sempre existe uma saída providenciada por Deus para as tentações que enfrentamos. A mensagem central é clara: em um mundo saturado de pressões para se conformar, o poder de dizer "não" pode redirecionar não apenas uma vida, mas potencialmente mudar história. Nos dias de hoje,onde as tentações são abundantes, desde pequenos confortos até grandes dilemas morais, somos lembrados de que, através de Cristo, temos a força para viver diferentemente. Utilizar escrituras como escudo e lembrar do exemplo daqueles que vieram antes de nós pode nos capacitar a fazer escolhas que honrem a Deus diariamente. No enfrentamento das tentações, cada indivíduo é encorajado a refletir sobre seus valores, sua fé e o que realmente acredita. Dizer "não" a prazeres fugazes, pelo bem da retidão e do propósito, oferece não só honra, mas finalmente, uma vida de significado eterno.

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O Maior Presente

Hoje, muitas pessoas celebram o Natal, reconhecendo-o como o dia do nascimento de Jesus, apesar de não haver provas concretas de que Ele nasceu em 25 de dezembro. Apesar de muitas pessoas se concentrarem na troca de presentes e celebrações, a verdadeira essência desta data reside em Jesus Cristo, que é o protagonista deste dia. **Mas, será que nos lembramos de parabenizar o aniversariante hoje?** Lembrar-se de Jesus é lembrar do maior presente já dado à humanidade: o próprio Jesus. Em uma época em que receber presentes pode ser uma experiência marcante, como ganhar um carro, por exemplo, nenhum presente tangível se compara ao presente intangível e eterno que é Jesus. Vamos lembrar da história de Seu nascimento - um evento extraordinário e impensável para aquela época. Maria, desposada de José, se encontrou grávida antes de coabitar com ele, pelo Espírito Santo. A situação colocou José em um dilema, mas, recebendo uma mensagem divina, ele compreendeu que o que foi gerado em Maria era do Espírito Santo. Essa história ilustra não apenas um milagre, mas também a complexidade e a beleza da chegada de Jesus ao mundo. José, apesar das dificuldades culturais e sociais do tempo, escolheu adotar Jesus, permitindo que Ele fosse reconhecido como descendente da linhagem de Davi. Jesus, que veio a este mundo, viveu como um de nós, enfrentando dificuldades, aprendendo e vivendo um processo comum na época, inclusive se submetendo ao batismo pelo espírito santo em Seu batismo. Isto mostra que Ele era humano em todos os aspectos, exceto no pecado. **Em Lucas 4:1**, vemos que, **"Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito no deserto, durante 40 dias, sendo tentado pelo diabo."** Isso nos revela que, como nós, Jesus enfrentou tentações, mas estava cheio do Espírito Santo para resisti-las. O Espírito Santo é o presente que nos capacita e guia. Nesse processo humano-divino, Ele completou Suas missões, curou, perdoou, reconciliou e, finalmente, pagou com Sua vida o preço da nossa salvação. Após a ressurreição, Ele se apresenta como Deus em glória, disponibilizando o Espírito Santo a todos os que Nele crerem. **Em Atos 2:4,** está o marco da promessa: "Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os capacitou." Nosso desafio hoje é usar este presente, o Espírito Santo, para viver uma vida que testemunhe a glória de Deus e compartilhe esse grande presente com os outros. Cada um de nós é convidado a se relacionar profundamente com o Espírito, permitindo que Ele nos guie, ilumine e nos capacite para cumprir o propósito para o qual fomos criados na fé cristã. Ao permitir que o Espírito Santo habite e atue em nós, nos tornamos mais do que simples seguidores: **nos tornamos participantes da glória e da missão de Jesus aqui na Terra.** Este é o verdadeiro presente que devemos entender e vivenciar em nossas vidas diárias.